Assim como a papelaria (falo um pouco mais disso aqui) o origami está na minha vida desde que eu me conheço por gente. Os papéis, matéria-prima para a arte do origami, eram difíceis de encontrar e, por muitas vezes, caros. De vez em quando era presenteada com um pacote, mas morria de dó de usar.

Mas vamos ao começo! Quem me apresentou o origami foi a diretora da minha pré-escola. Ela tinha descendência japonesa e tínhamos aula sobre a cultura em geral: idioma, comida, roupas, artes, etc. Pois bem, devidamente apresentada e apaixonada, minha mãe me alimentava com livros, mas eles nem sempre ajudavam, pois tinha que interpretar uma imagem bidimensional e com gráficos em japonês! Apesar disso minha teimosia volta e meia reinava e eu tentava os origamis que eu ainda não tinha aprendido.

Uma amostra de como eu era uma criança teimosa. Diagrama de tsuru

Dito isso, o origami nunca foi linear na minha vida. Confesso que a única memória que tenho dele durante a adolescência foi quando quis aprender a rosa Kawasaki. Até porque não havia como esquecer: foram 2 anos tentando sem sucesso com um vídeo de uma criança japonesa ensinando a fazer a rosa e eu, falhando miseravelmente.

Variação da rosa Kawasaki

Anos depois, estava na faculdade quando um colega fez um lírio. Nessa época o santo YouTube já havia se estabelecido no mundo cibernético e trazia consigo uma nova forma de aprender origami. Aprendi o lírio, a temida rosa Kawasaki, entre tantos outros origamis que eu nem sonhava que existiam: kusudamas e tessellations.

Minha nova paixão: origami tessellations!

Acabou que com essa facilidade dos vídeos e de seguir pessoas que tinham canais dedicados apenas aos origamis, volta e meia estava sempre dobrando algo. Em 2014, cheguei a criar um blog dedicado apenas ao origami e, na mesma época, conheci um grupo que se reunia mensalmente em Curitiba. Foi um período fantástico! É ótimo encontrar pessoas que amam uma arte tanto quanto você!

Por isso tudo, era inviável não trazer esse assunto para esse blog.